sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ALMA FÊMEA

A coisa mais importante da vida?
É a minha vida!
Ela é minha coisa mais importante!
Com suas cores, suas dores, seus amores, suas flores, seus odores,
Que, dependendo do instante,
Cheiram bem ou cheiram mal.
E que mal há, se o mal cheiro é fruto do esforço de se achar?
E que bem há, se o cheiro bom é falso, por se negar a procurar?
Nossas escolhas estão sempre certas
Mesmo que nossas mentes nos pareçam ou não abertas.
O sofrimento, ou permitimos ou convidamos ou cultivamos,
E na vitimização e na autocomiseração nos esbaldamos.
Quanto mais um tolera, mais o outro abusa,
E depois, bem infeliz, o um ao outro  acusa.
A dor é um território desconfortável, mas familiar, não assusta.
O que ameaça é a mudança, o novo, a plenitude que tanto se busca.
E alma gêmea existe? É possível encontrar?
Claro que sim,
Num mergulho sem fim,
No encontro com nós mesmos.
Tão certo disso, com minha alma
Gêmea, porque nela me vejo,
Estou no encalço, despido, descalço,
Da minha alma
Fêmea, porque com ela almejo
O simples caminhar de mãos e almas dadas.

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